"Acredito no futuro estabelecimento de uma perfeita solidariedade universal, envolvendo por inteiro a humanidade."
A alguns meses a "Caravanas Euclidianas" esteve na cidade de Macaé e na falta de oportunidade de participar, saber que a cidade de Carapebus (RJ) foi a oitava cidade no dia 13 de agosto em sua rota, data que coincide com a festa de N. Senhora da Glória, padroeira da cidade (que por sinal abrigou o espaço do evento) lembrei de uma frase de minha avó espanhola: "as oportunidades passam... não voltam" e apesar do sapato apertado naquela quase uma hora de viagem em um lotação com 80 pessoas, metade sentada, curvas e velocidades, peregrinei em sua direção pensando mesmo em fazer uma surpresa ao colega de profissão de Euclides, Barros e seu "Barro´s Bar" que já fez matéria sobre o autor de "Os Sertões".
A alguns meses a "Caravanas Euclidianas" esteve na cidade de Macaé e na falta de oportunidade de participar, saber que a cidade de Carapebus (RJ) foi a oitava cidade no dia 13 de agosto em sua rota, data que coincide com a festa de N. Senhora da Glória, padroeira da cidade (que por sinal abrigou o espaço do evento) lembrei de uma frase de minha avó espanhola: "as oportunidades passam... não voltam" e apesar do sapato apertado naquela quase uma hora de viagem em um lotação com 80 pessoas, metade sentada, curvas e velocidades, peregrinei em sua direção pensando mesmo em fazer uma surpresa ao colega de profissão de Euclides, Barros e seu "Barro´s Bar" que já fez matéria sobre o autor de "Os Sertões".
Apesar de saber antecipadamente do trabalho científico para a obra de Euclides, a "Caravanas Euclides" poderia priorizar este ângulo do projeto, ainda assim, surpreendida fiquei com a forma de apresentação, onde a emoção, os convidados, pessoas simples da terra puderam participar como atores desta peça histórica itinerante.
Igreja de N. Senhora da Glória - Carapebus - RJ
As "Caravanas Euclidianas" , um projeto concebido por professores e pesquisadores e viabilizado por intermédio do Laboratório de Memória e Imagem do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) sob a coordenação da Profa Dra Regina Abreu e assim como Euclides da Cunha gostava de percorrer cidades, no início do século XIX, acaba por incluir o homem simples no país, o projeto que retrata o homem, a terra, a luta está previsto para encerrar em setembro do corrente ano, na cidade de Parati, após visita a diversas cidades brasileiras. É apoiado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (MEC).
"Não sei de mais elevada política do que essa, da aproximação dos espíritos na América Latina. No dia em que nos conhecermos bem e a nossas inteligências se entrelaçarem, não haverá surpresas políticas que nos precipitem na guerra."
(Euclides da Cunha)
É composta a caravana, por uma exposição itinerante que leva ao Estado do Rio de Janeiro, o único filme sobre a vida e obra do escritor fluminense Euclides da Cunha. O projeto também inclui palestras, debates, oficina de literatura, documentação audiovisual para jovens do ensino médio e a cesta cultura composta pelo livro "Os Sertões" de Euclides da Cunha. O projeto faz refletir acerca das desigualdades, educacionais, sociais almejando um país mais potente, mais diversificado, objetivo da "Caravanas Euclidianas."
"O progresso envelhece a natureza. Cada linha do trem de ferro é uma ruga e longe não vem o tempo em que ela, sem seiva, minada, morrerá. Tudo isto me revolta, vendo a cidade dominar a floresta, a sarjeta dominar a flor."
(Euclides em 1883, entre 17 e 18 anos).
Euclides da Cunha foi o escritor fluminense que descobriu "Os Sertões" , inspirando o filme do carismático Noilton Nunes sobre sua vida e obra "A Paz é Dourada".
Presente e emocionante no evento a voz de Belô Velloso cantando o samba carnavalesco de 1976 que bem traduz o livro :
Marcado pela própria natureza o nordeste do meu Brasil
Oh solitário sertão de sofrimento e solidão
A terra e seca não se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida e triste nesse lugar
Sertanejo é forte supera a miséria sem fim
Sertanejo homem forte dizia o poeta assim
Foi no século passado no interior da Bahia
O homem revoltado com a sorte
Do mundo em que vivia
Ocultou-se no Sertão espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei que a sociedade oferecia
Os jagunços lutaram até o final
defendendo canudos naquela guerra fatal
Os jagunços lutaram até o final
defendendo canudos naquela guerra fatal
Ainda em vida, Euclides da Cunha viu sua obra Os Sertões ser transformada em um sucesso de crítica e de público sem precedentes na história intelectual do país. Foi essa reputação de Os Sertões como "o livro número um" do Brasil que levou Regina Abreu a investigar as condições de surgimento da qualidade emblemática dessa obra. Buscou compreender quais os motivos que fizeram desse livro uma referência sagrada, um monumento e um símbolo nacionais.
O livro de Regina Abreu "O Enigma de Os Sertões" tem um capítulo raro específico entitulado: Um Engenheiro faz Literatura. Incentivo àqueles que tem "alma de poeta" e aliam os dois elementos que muitos consideram como incompatíveis: a ciência e a literatura.
Contato:
Projeto com certeza interessante...
ResponderExcluirMas não se sentiu parte da história (mesmo que não seja a do livro do autor, mas sim da história legado do legado do mesmo)?
Fique com Deus, menina Lígia.
Um abraço.
Oi, Lígia, testando, testando,,, Beijinhos, Ladyce
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