sábado, 14 de abril de 2012

Maurice Druon - O menino do dedo verde


"- Aprendi - respondeu Tistu -  que a medicina não pode quase nada contra um coração muito triste. Aprendi que para a gente sarar é preciso ter vontade de viver. Doutor, será que não existem pílulas de esperança?
O Dr. Milmales ficu espantado com tanta sabedoria num garoto tão pequeno.
- Você aprendeu sozinho a primeira coisa que um médico deve saber.
- E qual é a segunda, doutor?
- É que para cuidar direito dos homens é preciso amá-los bastante."

O menino do dedo verde, de Maurice Druon (1918-2009), tradução de D. Marcos Barbosa / ilustrações de Marie Louise Nery - 87a. ed. - Rio de Janeiro:José Olympio, 2009.

Acabo de reler o belíssimo livro O menino do dedo verde, que desperta e resgata nobres sentimentos acerca da vida, do se fazer no mundo, um ensaio filosófico escrito poeticamente e com extrema leveza.
  
Assim como O pequeno príncipe, em que o autor é tradutor, O menino do dedo verde passou pela terra com sua misteriosa personagem. O autor se utiliza de Tistu, um menino do dedo verde e suas incríveis proezas orientado por um velho jardineiro mensageiro da paz para levar sérias reflexões acerca da vida humana, seja em um conglomerado de favelas, as realidades de um presídio, um hospital, um jardim zoológico ou ainda de uma fábrica de canhões. Enfim, em que condições sociais ainda há esperança de um mundo em que as flores não tem tido vez, distanciando o homem cada vez mais de sua essência, a busca da felicidade.

Maurice Druon, ex-ministro da Cultura, da Academia Francesa desde 1966, nasceu a 23 de abril de 1918, em Paris. Já em 1936arrebatava prêmios e menções honrosas por sua aplicação nos estudos secundários, complementados no Liceu Michelet, de onde saiu para a Sorbonne e a Escola de Ciências Políticas. Aspirante de Cavalaria no início da Segunda Guerra Mundial, participou ativamente da luta antinazista em 1940, quando chegou à Inglaterra via Espanha, a fim de se engajar nas chamadas Forças Francesas de Libertação. É quando participa de programas de radiofusao e- com o tio também escritor Joseph Kessel em 1943 - compõe a letra do canto Les partisans, ainda hoje ouvida com grande emoção pelo povo francês. Depois do desembarque aliado no continente europeu, Maurice Druon passa a correspondente de guerra não só no seu país, mas igualmente na Alemanha e Holanda.

Maurice Druon tem a sua obra marcada pela violência e vigor caracterísitcos de sua vida pessoal, e - segundo críticos de seu país - se distingue pela honestidade com que soube aliar ficção literária com História, onde o choque das armas e o trágico das paixões contam umafase importante na literatura francesa contemorânea. Escreveu uma infinidade de livros.

10 comentários:

  1. Nossa muito bom esse livro...Recomendo muito marcou minha infância..

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    1. Anônimo,

      Seja bem-vindo.
      Esse livro também ficou registrado em minha infância e fiquei mesmo feliz por encontrá-lo em uma feirinha de livros.

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  2. Este é um daqueles livros a que devemos o fato de nos tornarmos adultos leitores... Parabéns pelo post

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  3. Bons livros são para serem lidos e relidos. Esse é um deles. Ladyce

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  4. Tudo bem por aqui? SUMIDA... Ladyce

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  5. Fábio,
    Tem livro que marca nossa juventude literária literalmente. Esse é um deles.
    Obrigado pela visita e comentário.

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  6. Ladyce,
    Reler um bom livro pode ser uma grata surpresa pela visão que nossa experiência pode trazer através de um olhar diferenciado sobre o texto.
    Obrigada pelo carinho e por ter notado minha pausa para melhor reflexão das leituras em ritmo acelerado neste início de ano.
    Beijo.

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  7. Lígia estou sentindo sua falta. Está tudo ok? Feliz Dia das Mães! Ladyce

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    1. Ladyce,
      Sensibilizada com tua presença e lembrança. Está tudo caminhando.
      Feliz dia para você minha mãezinha virtual.
      Beijos querida.

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  8. so quero ver o resumo do livro mas nao consigo

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